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sábado, 28 de abril de 2012

ILUSÃO DO TEMPO

Vivi outrora
Buscando uma Certeza no Futuro,
Uma Resposta no Passado...

Como se a Certeza do Passado,
Fosse única e inabalável.
Como se a Resposta do Futuro
Preenchesse, enfim, o Vazio da Espera...

Quando rompi com as Respostas e Certezas - preenchi minhas
expectativas com a Ação presente.

Fiz da Ilusão do tempo
Um devaneio presente.
Abri um portal mais amplo:
Holístico e Atemporal.

Claudio Pierre

do Livro de Poesias Caminho(s)

terça-feira, 24 de abril de 2012

ALÉM DA DOR

Deixei o tempo passar...
Preferi entender o silêncio...
As respostas estavam lá
- No Curso do Tempo.

Deixei a ferida sangrar...
Acompanhei o Curso do Sangue...
- As respostas estavam lá!

Claudio Pierre

Meu comentário => Nesse plano, costumamos "dividir" a Unidade... No entanto, não há como separar no curso da jornada que nos cabe nesta nossa caminhada - os traços da Unidade contidos na Dor e Amor que vivenciamos em nosso tempo subjetivo.

E a palavra é o elemento mágico com o qual expressamos esse "mistério" pela Poesia...  

terça-feira, 17 de abril de 2012

O Tempo (que já não volta)

Cada dia é o dia,
Cada minuto importa,
Cada segundo, cada hora,
Cada esperança morta.

Não vês que hoje é o dia?
Não sentes que esta é a hora?
Não percebes o tiquetaquear
Batendo à tua porta?

Imagina a tua vida,
Construída de momentos,
Cada segundo é o templo,
Do tempo que já não volta.

Sede bons enquanto é tempo,
Sede bons, é o que importa.
Aproveitai bem o tempo,
O tempo que já não volta.

Flávio Prieto

segunda-feira, 16 de abril de 2012

A PEQUENA FESTA

Apanho uma garrafa de vinho e vou bebê-la entre as
                      flores.
Somos sempre três - incluindo minha sombra e
                         minha amiga, a luz brilhante.
Felizmente a lua não entende nada de beber, e minha
                           sombra nunca tem sede. 

Quando canto, a lua me ouve em silêncio.
Quando danço, minha sombra dança também.

Findas as festividades, os convidados precisam se
                       separar;

Essa tristeza eu não conheço. 
Quando volto para casa, a lua vai comigo e minha
                       sombra me acompanha.

    Poesia Chinesa Autor => Li Po

. extraída do livro Taoísmo - O Caminho do Místico - J.C. Cooper 

sábado, 14 de abril de 2012


VERSOS                                                                                                       



Meus versos são finos, claros curtos...
Como uma imensa onda
Eles vão e vem,
Irradiando minha face reflexiva e mística.

Meus versos são soltos _ loucos...
Eles acompanham meu espaço:
O menino de outrora, trancafiado entre as grossas grades da Ilusão,
E o menino de hoje – voando pelo vento com as asas da Liberdade...

Eles acompanham
O menino aflito – sozinho e indefeso.
O menino livre – Imenso de sensibilidade e Amor.

Não; sei que não serei o único...
Os versos na verdade, pertencem a Vida
E só a ela eles respondem.

Serão a Esperança e a Ventura,
A Imensa Força, que encoraja e consola
O imenso peito,
Sem jeito...
De um Pensante a crer perpetuamente em uma nova Aurora.
Rio,21/11/80.

  Claudio Pierre => do  Registro de Poesias Mostragem

Meu comentário => 1980/ 2012  = > 20 anos / quase 52 anos... - O menino ainda está comigo...
Como perder a essência? 
Perdemos a essência, quando permitimos que o "peso das horas" sufoque o sentido subjetivo do nosso fluir no tempo...

terça-feira, 10 de abril de 2012

CATÓN (JORNALISTA MEXICANO) MEDINDO AS RIQUEZAS DO SER HUMANO


    Escrito de por Catón, jornalista mexicano

    MEDINDO AS RIQUEZAS DO SER HUMANO!!!

    Fabuloso texto escrito por Catón, jornalista mexicano.

  “Tenho a intenção de processar a revista "Fortune", porque fui vítima de uma omissão inexplicável. Ela publicou uma lista dos homens mais ricos do mundo, e nesta lista eu não apareço.

Aparecem: o sultão de Brunei, os herdeiros de Sam Walton e Mori Takichiro.

 Incluem personalidades como a rainha Elizabeth da Inglaterra, Niarkos Stavros, e os mexicanos Carlos Slim e Emilio Azcarraga.

 Mas eu não sou mencionado na revista.

E eu sou um homem rico, imensamente rico. Como não, vou mostrar a vocês:
Eu tenho vida, que eu recebi não sei porquê, e saúde, que conservo não sei como.

Eu tenho uma família, esposa adorável, que ao me entregar sua vida me deu o melhor para a minha; meus filhos maravilhosos dos quais só recebi felicidades, netos com os quais pratico uma nova e boa paternidade.

Eu tenho irmãos que são como meus amigos, e amigos que são como meus irmãos.

Tenho pessoas que sinceramente me amam, apesar dos meus defeitos, e a quem amo apesar dos meus defeitos.

Tenho quatro leitores a cada dia para agradecer-lhes porque eles lêem o que eu mal escrevo.

Eu tenho uma casa, e nela muitos livros (minha esposa iria dizer que tenho muitos livros e entre eles uma casa).

Eu tenho um pouco do mundo na forma de um jardim, que todo ano me dá maçãs que iria reduzir ainda mais a presença de Adão e Eva no Paraíso.

Eu tenho um cachorro que não vai dormir até que eu chegue, e que me recebe como se eu fosse o dono dos céus e da terra.

Eu tenho olhos que vêem e ouvidos para ouvir, pés para andar e mãos que acariciam; cérebro que pensa coisas que já ocorreram a outros, mas que para mim não haviam ocorrido nunca.

Eu sou a herança comum dos homens: alegrias para apreciá-las e compaixão para irmanar-me aos irmãos que estão sofrendo.

E eu tenho fé em Deus que vale para mim amor infinito.

Pode haver riquezas maiores do que a minha?

Por que, então, a revista "Fortune" não me colocou na lista dos homens mais ricos do planeta? "

E você, como se considera? Rico ou pobre?

Há pessoas pobres, mas tão pobres, que é a única coisa que possuem é ... DINHEIRO.

     Armando Fuentes Aguirre (Catón)

segunda-feira, 9 de abril de 2012


CHEIRO MEL                                                                                  



A poesia e a música têm cheiro de jardim florido
-        têm gosto de mel!!

Mas, mesmo que não tivessem cheiro ou gosto,
Preencheriam as manhãs com seu aroma sem perfume.
Adoçariam o paladar com o seu gosto sem mel.

Porque, ambas têm seu próprio Espaço,
Seu particular cheiro e sabor.
-        Tocam na Alma daquele que se sensibiliza.

Se não podem agradar a todos, conterem a Imensidão dos mundos,
Ao menos são como: Um cheiro, Um mel.

 Claudio Pierre - do livro de Poesias Caminho(s)

Meu comentário => Penso que Artista, o Poeta têm uma grande responsabilidade em sua Obra, na medida em que compreende ou até diria - faz a opção por expressar sua Arte traduzindo sua linguagem interior, ou buscando primeiramente agradar a todos; obviamente com sentido de prestígio e poder, e na maioria das vezes a serviço de um grande apelo de mercado.
Enfim é uma opção, e cabe ao leitor exercer seu livre arbítrio de discernimento.  

domingo, 8 de abril de 2012

FRAGMENTOS

FRAGMENTOS

Nasci dissonante
Na corda bamba de uma frágil estrutura
-        Terra de desenganos, colônia de aflitos...

As rédeas do poder – são como esporas – sangrando as potencialidades – de ternura, de carinho e evolução para todos os Corações – todos os Sonhos.

Se todos os Cantos pudessem se entrelaçar – em constantes rearmonizações – sem fronteiras e sem barreiras. Ruiriam, enfim, as bases da ignorância que gera – egoísmo e ganância .

 -        Essa luta desenfreada, que não conduz a lugar nenhum. Que produz bem mais do que a dissonância - alimenta a disritmia entre os caminhos.

Cresci dissonante,
Entendendo pelo avesso, reescrevendo minha essência.
Em fragmentos de perseverança, busquei aprender aquilo que me foi sugado pela farsa do “social”
Reaprendi o valor da vida, do sonho e do precioso silêncio interior.

Como tudo foi dissonante
-        Me foi doído e longo o processo, o qual compreendi irremediavelmente inacabado.

Fragmentos de minha dissonância,
Refletem algo como uma Sina
Tênue, limitada – porém apaixonada!!!

Esse canto, me harmoniza com minha dança solitária

Este sopro dissonante conecta de alguma forma minha Alma de Lua com a Harmonia da Unidade.

Claudio Pierre => do Registro de Poesias Fragmentos

sábado, 7 de abril de 2012

RETRATO DE FÉ


RETRATO  DE  FÉ                                                                      



Um dia... talvez um dia,
Meu destino – meus caminhos.
Quem sabe um dia...
A Esperança, a Fé e a Luz.

Meus passos – serão retos,
Minha estrada – mais clara,
Meus Ideais de Amor e Fé – mais presentes.

Os anseios sublimes flutuam com o tempo...
Rebuscam na motivação interior, uma realidade pura,
Exterior...

Um dia...
Quem sabe um dia...
-        Minha Fé.

   Claudio Pierre - do Registro de Poesias Mostragem

Meu comentário=> Encontramos o Caminho da Fé quando percebemos que necessariamente ela sempre esteve presente ao nosso alcance. E esse não é o final, senão o ponto de partida para seguirmos o destino, o caminho... 

quarta-feira, 4 de abril de 2012

ÁGUA E FOGO

Tua alma cinza
cola na minha
ainda que sejamos água e fogo,
destrutíves um pelo outro.
Ainda que sejamos
para sempre dois.
O número perfeito -um -
talvez não exista.
Não agora,
não aqui,
não água e fogo.
Sobram cinzas?
quem diga que sim,
então
devemos recolhê-las
o mais breve possível
antes que o vento
se aposse delas
e as ame assim,
intensamente,
assim
como se fosse
a primeira vez.

(Fabiana Esteves)


 

CORAÇÕES INFANTIS


CORAÇÕES  INFANTIS                                                                  



Corações infantis
Deveriam ser livres em plenitude.
Mas, como um coração ter liberdade
Se as Asas são cortadas pela razão da Sociedade Humana.

Temos um coração infantil,
Na maioria das vezes
Sufocado pela ilusão da maioridade.

A inocência se mascara
Sob Arquivos de memória, sobre a prepotência da experiência acumulada
-        Marcas do tempo sangrando.

Ao perdermos a pureza do Coração Infantil, julgamos que Crescemos.
Na verdade, atrofiamos o canal do sentir.

Os rituais de crescimento,
Pulsam mais forte do que a Emoção de Ser o que somos
-        Um coração infantil.

 Claudio Pierre => do Livro Caminho(s)

Meu comentário => A excessiva pressão dos rituais de crescimento faz com que percamos a noção da Unidade de nossa Essência - assim procede quando atrofiamos a pureza do nosso Coração Infantil pela ilusão da maioridade com suas múltiplas exigências ao longo de nosso cotidiano.

terça-feira, 3 de abril de 2012


.                                                                                                                              


No mundo em que vivo – A Riqueza gera Pobreza,
A Pobreza gera ignorância,
A ignorância gera desigualdades.

No mundo em que vivo, o Materialismo gera Ilusão,
A ilusão gera egoísmo,
O Egoísmo gera Poder.

No mundo em que vivo – a Riqueza e a Pobreza “classificam”o Homem.
A ignorância e a desigualdade desnivelam o homem.
O materialismo e a ilusão escravizam o homem,
O egoísmo e o poder orgulham o homem.
  
   . Do Livro Caminho(s) Claudio Pierre

=> meu comentário:
     Uma reação em cadeia desafia a Consciência sobre a nossa Condição de Humanidade...
     Riqueza Pobreza; Materialismo Ilusão; Egoísmo Poder = visões da "dualidade" proporcionadas "pelas pessoas (em nós)"... 

    Defendo uma visão da Unidade, que se origina do encontro com a nossa capacidade subjetiva de discernimento sobre o Mundo que nos cerca...
Mas no fundo percebo que o Mundo que me cerca é bem maior do que meu limitado sopro poético de alma de lua. 

domingo, 1 de abril de 2012

FRAGMENTOS


F R A G M E N T O S



Luz, Câmera, Ação...
O Teatro da Vida
Moldando as máscaras da sociedade.

Entre plumas e paetês – encobrimos o curso do sangue e suor de nossas raízes...

Como em uma propaganda que antecede o evento principal que nos programa – nossa
energia potencial se dissipa e se dissimula sob as luzes da ribalta.

Se estamos apressados, estressados, embriagados – tudo é uma questão de cena, que tem
poder de dissimular nossa realidade a cada ato.

Talvez, sendo a Luz do Sol, a Câmera de nosso Coração e a Ação de nossas
Consciências possamos transcender o papel de coadjuvantes e sejamos os protagonistas
da Ação principal. 

                 Claudio Pierre

=> do Regsitro de Poesias Fragmentos 

/ Meu comentário => O grande Teatro da Vida - as inúmeras máscaras sociais "dissimuladas" a cada papel que interpretamos => O Chefe, o Subordinado, o Machão, a Fêmea Fatal, o Jovem, o Rico, o Pobre, o Intelectual, o Ignorante, o Esperto... (e tantas outras...)

Estabelecer um compromisso de Unidade entre: Coração, Ação e Consciência, é distinguir onde estão "as pessoas" e onde reside o nosso Ser que é efetivamente o real protagonista do nosso subjetivo destino...