Temos por hábito repetir "conceitos sociais", sem a devida reflexão sobre sua real extensão...
Costumamos assim, classificar a fase de adolescência, como uma fase problemática e complicada
de se lidar; porém esquecemos que a principal causa de tudo tem origem na desajustada organiza-
ção que está institucionalizada em nossa vida "adulta"...
Assim, geralmente consideramos natural que nossos filhos cresçam sob nossa proteção e cuidado,
que de tão extremado não permite que independentemente da sexualidade tarefas que seriam como
um ajuste para o exercício da cooperação, como por exemplo - auxiliar nas tarefas domésticas, por
meio de uma graduação progressiva de participação nas atividades.
Como então cobrar que eles valorizem e reconheçam o trabalho doméstico, se não são levados a
percepção de que uma cama arrumada e asseada, reflete um sentido de zelo e cuidado básico com a
saúde de um Ser?!?
E então, um pouco mais à frente na própria adolescência, muitas vezes nossos filhos convivendo
com os desregramentos de uma vida adulta - fumaça, bebida, falta de tempo dos pais para com os
filhos...
Como impor regras de conduta aquela criança que não teve exemplos saudáveis dos próprios pais?!?!?
E quanto aquelas festas de arromba de adolescentes maiores - bebedeiras, chegada de madrugada,
descompromisso com respeito a si mesmo principalmente - Tudo isso amparado pelo pornomarketing
reinante - quanto mais fedor melhor, quanto menos consciência melhor - afinal o que representa a
zorra de uma boate, com suas luzes entorpecentes de fumaça, álcool e drogas...
Os pais por vezes acham "natural" que o intitulado "jovem" tenha mesmo que se divertir -
"curtir a vida" - nas noitadas - isto para a Sociedade alienada é acobertado como uma passagem
normal da vida...
Como então ter a coragem de denominar o Adolescente de Aborrecente, se a direção adulta é um
constante mau exemplo?!?!?
Assim, em um ambiente de mentiras, falsidades, corrupção. jogo de interesses que se apresenta para
aquele que está em formação - como esperar que este Ser se expresse, a não ser pela opção que a
pressão social de uma existência na maiora das vezes hipócrita se apresenta!?!?!
O adolescente de hoje será um adulto aborrescente de amanhã...
Felizmente, existe em cada um de nós o poder do exercício de auto consciência, embora possamos
não acreditar em sua possibilidade sempre concreta ao nosso alcance.
Não se trata, de estabelecer uma conduta uniforme e robótica (que na verdade é a que prevalece na
maioria das vezes à nível externo - que bem retrata a "sociedade atual"). Não há regras de conduta de procecimento, porém existe uma bandeira comum, um objetivoa a atingir que é o do Amor em suas
múltiplas variantes: Amor aos Pais, Amor a Vida, Amor ao Caminho - Amor a Cosciência.
Certamente daí se origina um Adulto mais feliz, e uma criança e adolescente mais preparada para a
transformação que dá alegria e compreensão ao processo dessa existência, onde relativamente perdemos bem mais do que ganhamos, mas onde podemos lograr uma felicidade relativa dentro de um nível bem mais evolutivo do que o atual.
Claudio Pierre
(do Registro METRALHA)
=> Meu comentário, esse texto foi escrito por volta de 1998 e foi dedicado ao meu filho, ao seu amigo e a uma amiguinha da mesma idade na mesma faixa de transição.
Cosidero todo o conjunto de Metralha um tanto polêmico em boa parte de seus textos, naquele momento particular, essa foi a intenção.
terça-feira, 26 de junho de 2012
sábado, 23 de junho de 2012
ORAÇÃO PELA ORAÇÃO
Nesses tempos de Globalização e Tecnologia a mente humana que deveria ser a síntese da
essência da vida, passa a ser como um mero chip de uma engrenagem que só concebe o
avanço e progresso em uma única direção...
Assim, algo que deveria ser tão subjetivo como o caminhar, passa a ter uma diretriz do programa
focado no sempre mais...
Acúmulo de informação não significa efetivo conhecimento, e, por essa razão essa programação
do acúmulo indiscriminado de títulos não leva a nada, senão a dispersão mental, que como um
computador armazena e processa.
No entanto, essa não e uma função da mente humana - as máquinas é que foram criadas com
essa finalidade.
Por isso nessa oração conclamo a um estado de quietude mental que retorne a essência - a
nossa identidade original, onde o conhecimento do que realmente necessitamos para uma
felicidade relativa, se sobreponha a informação - e esse processo é atemporal.
Deixemos que as máquinas trabalhem em paz, e saibamos preservar nossa humanidade
pela prática do Amor e dedicação aos nossos valores internos.
Claudio Pierre
(do Registro Oração)
meu comentário => Grande parte "das pessoas" vive (ou tenta viver), praticamente "conectada" ao que se conceitua tecnologia: por celulares, internet 24h, e correlatos. Direcionadas pela "adoração" ao Deus Dinheiro, buscam a todo custo acumular cada vez mais, para "reproduzir em suas vidas" os modelos de felicidade e poder "das pessoas" que aparecem na mídia exibindo suas posses materiais.
Esse padrão certamente muitos tentam, mas poucos conseguem...
Se por um lado "as pessoas" acham ou são programadas a julgar que esse padrão é realmente importante. Do lado do Ser, fica bem clara a "programação" de um sistema que não leva em conta a subjetividade do ser humano; mas sim a diretriz que programa para o TER.
Porque será que o mundo em que vivemos é tão repleto de contradições, violência e misérias?
Porque será que uma conferência como a Rio + 20 não conseguiu efetivamente uma proposta para equilibrar esse planeta de forma mais humana?
Essa resposta na verdade se encontra na raiz da essência de cada Ser - cabe no entanto, ter a coragem de atuar com Unidade Interior, desenvolvendo sobretudo algo como a nossa real personalidade.
*Este é um desabafo para o qual também tenho uma resposta.
essência da vida, passa a ser como um mero chip de uma engrenagem que só concebe o
avanço e progresso em uma única direção...
Assim, algo que deveria ser tão subjetivo como o caminhar, passa a ter uma diretriz do programa
focado no sempre mais...
Acúmulo de informação não significa efetivo conhecimento, e, por essa razão essa programação
do acúmulo indiscriminado de títulos não leva a nada, senão a dispersão mental, que como um
computador armazena e processa.
No entanto, essa não e uma função da mente humana - as máquinas é que foram criadas com
essa finalidade.
Por isso nessa oração conclamo a um estado de quietude mental que retorne a essência - a
nossa identidade original, onde o conhecimento do que realmente necessitamos para uma
felicidade relativa, se sobreponha a informação - e esse processo é atemporal.
Deixemos que as máquinas trabalhem em paz, e saibamos preservar nossa humanidade
pela prática do Amor e dedicação aos nossos valores internos.
Claudio Pierre
(do Registro Oração)
meu comentário => Grande parte "das pessoas" vive (ou tenta viver), praticamente "conectada" ao que se conceitua tecnologia: por celulares, internet 24h, e correlatos. Direcionadas pela "adoração" ao Deus Dinheiro, buscam a todo custo acumular cada vez mais, para "reproduzir em suas vidas" os modelos de felicidade e poder "das pessoas" que aparecem na mídia exibindo suas posses materiais.
Esse padrão certamente muitos tentam, mas poucos conseguem...
Se por um lado "as pessoas" acham ou são programadas a julgar que esse padrão é realmente importante. Do lado do Ser, fica bem clara a "programação" de um sistema que não leva em conta a subjetividade do ser humano; mas sim a diretriz que programa para o TER.
Porque será que o mundo em que vivemos é tão repleto de contradições, violência e misérias?
Porque será que uma conferência como a Rio + 20 não conseguiu efetivamente uma proposta para equilibrar esse planeta de forma mais humana?
Essa resposta na verdade se encontra na raiz da essência de cada Ser - cabe no entanto, ter a coragem de atuar com Unidade Interior, desenvolvendo sobretudo algo como a nossa real personalidade.
*Este é um desabafo para o qual também tenho uma resposta.
sexta-feira, 22 de junho de 2012
FRAGMENTOS
O peso das horas sobre nossos caminhos...
A linha do Tempo traçando os contornos dos traços imperfeitos de nossa humanidade...
Por mais que desconheçamos e nos afastemos do Vazio que nos conecta com a Unidade
- nossas ações e atitudes serão: uma ponte, um caminho - uma ligação atemporal com
algo transcendente de nossa limitada Origem terrena.
Somos então, fragmentos de um Universo pulsante e mágico; onde nossa vida transcorre
tal qual a fragrância de uma flor que se desprende de sua transitória forma ao vendaval
da tempestade, mas que se renova ao retornar ao solo - transmutando-se em nova forma
ao prenúncio da calmaria, ao primeiro raio de Luz...
Claudio Pierre
(do Registro Fragmentos)
=> meu comentário - A linha do nosso tempo, se constitui no Milagre que chamamos de Vida.
* "A folha caindo
Agora é borboleta
Voando até a flor
Onde se transforma em pétala"
* (Poesia do livro - O Dragão com Asas
de Borboleta e outras histórias Zen-Taoístas)
A linha do Tempo traçando os contornos dos traços imperfeitos de nossa humanidade...
Por mais que desconheçamos e nos afastemos do Vazio que nos conecta com a Unidade
- nossas ações e atitudes serão: uma ponte, um caminho - uma ligação atemporal com
algo transcendente de nossa limitada Origem terrena.
Somos então, fragmentos de um Universo pulsante e mágico; onde nossa vida transcorre
tal qual a fragrância de uma flor que se desprende de sua transitória forma ao vendaval
da tempestade, mas que se renova ao retornar ao solo - transmutando-se em nova forma
ao prenúncio da calmaria, ao primeiro raio de Luz...
Claudio Pierre
(do Registro Fragmentos)
=> meu comentário - A linha do nosso tempo, se constitui no Milagre que chamamos de Vida.
* "A folha caindo
Agora é borboleta
Voando até a flor
Onde se transforma em pétala"
* (Poesia do livro - O Dragão com Asas
de Borboleta e outras histórias Zen-Taoístas)
terça-feira, 19 de junho de 2012
domingo, 17 de junho de 2012
QUANTO VALE A SUA HORA?
Um menino, de voz tímida e olhos cheios de admiração, pergunta ao pai quando este retorna do trabalho:
- Pai, quanto o senhor ganha por hora?
O pai, num gesto severo responde:
- Meu filho, isto nem a sua mãe sabe. Por isso, não me amole, estou cansado!!!
Mas o filho insiste:
- Mas papai, por favor, diga, quanto o senhor ganha por hora?
A reação do pai foi menos severa e ele respondeu:
- Três reais por hora.
- Então, papai, o senhor poderia me emprestar um real?
O pai, cheio de ira e tratando o filho com brutalidade, respondeu:
- Então essa era a razão de querer saber quanto eu ganho? Vá dormir e não me encha mais o saco!
Já era noite, quando o pai, por algum momento raro, começou a pensar no que havia acontecido com o filho e sentiu-se culpado. Talvez, quem sabe: o filho precisasse comprar algo...
Querendo aliviar sua consciência, foi até o quarto do menino e, em voz baixa, perguntou:
- Filho, está dormindo?
-Não papai! - O garoto respondeu sonolento e choroso.
-Olha, aqui está o dinheiro que me pediu: um real.
- Muito obrigado, papai!
Levantando-se rapidamente e retirando mais dois reais de uma caixinha que estava sob a cama, disse:
- Agora já completei, papai! Tenho três reais. Poderia me vender uma hora do seu tempo?
Nota: Recebi esse texto da Internet por volta de 1990 - não sei quem foi o autor
Meu comentário: A questão é => em que medida o sentimento do coração pode intermediar a forte pressão social que "nos programa" para que tudo ao nosso redor se reduza unicamente a uma questão de compra e venda. Pressão essa que de modo geral induz o Ser a perder a sua Condição de Humanidade.
- Pai, quanto o senhor ganha por hora?
O pai, num gesto severo responde:
- Meu filho, isto nem a sua mãe sabe. Por isso, não me amole, estou cansado!!!
Mas o filho insiste:
- Mas papai, por favor, diga, quanto o senhor ganha por hora?
A reação do pai foi menos severa e ele respondeu:
- Três reais por hora.
- Então, papai, o senhor poderia me emprestar um real?
O pai, cheio de ira e tratando o filho com brutalidade, respondeu:
- Então essa era a razão de querer saber quanto eu ganho? Vá dormir e não me encha mais o saco!
Já era noite, quando o pai, por algum momento raro, começou a pensar no que havia acontecido com o filho e sentiu-se culpado. Talvez, quem sabe: o filho precisasse comprar algo...
Querendo aliviar sua consciência, foi até o quarto do menino e, em voz baixa, perguntou:
- Filho, está dormindo?
-Não papai! - O garoto respondeu sonolento e choroso.
-Olha, aqui está o dinheiro que me pediu: um real.
- Muito obrigado, papai!
Levantando-se rapidamente e retirando mais dois reais de uma caixinha que estava sob a cama, disse:
- Agora já completei, papai! Tenho três reais. Poderia me vender uma hora do seu tempo?
Nota: Recebi esse texto da Internet por volta de 1990 - não sei quem foi o autor
Meu comentário: A questão é => em que medida o sentimento do coração pode intermediar a forte pressão social que "nos programa" para que tudo ao nosso redor se reduza unicamente a uma questão de compra e venda. Pressão essa que de modo geral induz o Ser a perder a sua Condição de Humanidade.
sexta-feira, 15 de junho de 2012
PRECE
Não julgue os momentos da vida
Fanal de infinitos caminhos.
O Infinito é um sentimento inefável
Que irrompe com as Sendas do tempo.
Não espere da vida um novo começo,
Sem que antes rebrilhe à Aurora
Sem que antes liberte seu mundo
Do imenso fantasma que existe em você.
Não acredite demais nessa razão aflita,
Compreenda da vida o surpreendente.
Não se esqueça: O que quer que lhe aconteça, a vida lhe assiste -
calada.
Abrace serenamente o novo começo
Não se deixe enganar pela fugacidade.
Corre manso e manso vá menino
- Corre em busca da verdade!
Claudio Pierre (do livro de Poesias Caminho(s))
meu comentário => A experiência milagrosa da vida, pode nos reservar "algo" de surpreendente à respeito do ciclo de nosso tempo subjetivo...
No entanto, ao que parece, esta sociedade direcionada para a sugestão =>"as pessoas", só reconhece aquela "aprendizagem que vem de fora para dentro" - o Ter sobre o Ser.
Esse detalhe na verdade não faz nenhuma diferença para quem consegue se libertar pela meditação dos fantasmas interiores... Não se trata portanto de apenas "ler sobre..." criando a diferenciação entre eu e o outro; mas sim, SER o próprio processo.
Certa vez em uma atividade que realizei uma pessoa comentou: - É bom estar com vocês, pois estando acompanhada posso me soltar e meditar tranquila / despreocupada...
Portanto, a meditação, não é algo que possa ser dividido / condicionado / separado da realidade - quem reconhece de fato o processo, faz da meditação um ato como o da própria respiração.
Fanal de infinitos caminhos.
O Infinito é um sentimento inefável
Que irrompe com as Sendas do tempo.
Não espere da vida um novo começo,
Sem que antes rebrilhe à Aurora
Sem que antes liberte seu mundo
Do imenso fantasma que existe em você.
Não acredite demais nessa razão aflita,
Compreenda da vida o surpreendente.
Não se esqueça: O que quer que lhe aconteça, a vida lhe assiste -
calada.
Abrace serenamente o novo começo
Não se deixe enganar pela fugacidade.
Corre manso e manso vá menino
- Corre em busca da verdade!
Claudio Pierre (do livro de Poesias Caminho(s))
meu comentário => A experiência milagrosa da vida, pode nos reservar "algo" de surpreendente à respeito do ciclo de nosso tempo subjetivo...
No entanto, ao que parece, esta sociedade direcionada para a sugestão =>"as pessoas", só reconhece aquela "aprendizagem que vem de fora para dentro" - o Ter sobre o Ser.
Esse detalhe na verdade não faz nenhuma diferença para quem consegue se libertar pela meditação dos fantasmas interiores... Não se trata portanto de apenas "ler sobre..." criando a diferenciação entre eu e o outro; mas sim, SER o próprio processo.
Certa vez em uma atividade que realizei uma pessoa comentou: - É bom estar com vocês, pois estando acompanhada posso me soltar e meditar tranquila / despreocupada...
Portanto, a meditação, não é algo que possa ser dividido / condicionado / separado da realidade - quem reconhece de fato o processo, faz da meditação um ato como o da própria respiração.
terça-feira, 12 de junho de 2012
FRAGMENTOS DE ÊXTASE
Verão!
Quero sonhar com o Encontro e conectar-me a um coração descompassado como o
meu...
E assim me libertar desse labirinto, que me aprisiona no tempo e no espaço; mas que
não me tira a esperança no fundo d´alma - daquele que crê e segue pelos caminhos do
Amor.
Não espero as armadilhas de um romance novelesco, onde tudo é azul e límpido;
porquanto a natureza humana perverte a simplicidade do inesperado - onde brota a
espontaneidade, onde se revela a essência da flor - no presente.
Como irradiar uma onda de ternura e carinho entre os corações, se seguimos
programados a incorporar padrões moldados pelos rituais da sedução: dos gestos,
sentimentos e palavras em conflito?!?
Onde tudo segue pré-determinado, demarcado pela "gélida lógica do mercado" - onde
tudo é uma questão de compra e venda.
Não obstante, sigo em minha busca - pois, sempre em frente, não posso perder o sentido
de que tudo se interliga e se unifica, indicando que todas as nossas experiências são
movidas pelo desafio de um contínuo segundo que sempre vibra e se completa.
Este sonho é da estação - o apelo vem do Sol que aquece minha face de Lua.
Nada tenho de concreto, de palpável, além das expectativas de um eterno sonhador...
sempre alerta e disponível a encontrar sua Musa, que se encante por seus versos, que se
deixe seduzir pela Sina do Errante Demente.
São esses os fragmentos de um suspiro - sinalizando o inevitável retorno do poeta
com a atmosfera mágica da Poesia.
Claudio Pierre
(do Registro de Poesias Fragmentos)
Quero sonhar com o Encontro e conectar-me a um coração descompassado como o
meu...
E assim me libertar desse labirinto, que me aprisiona no tempo e no espaço; mas que
não me tira a esperança no fundo d´alma - daquele que crê e segue pelos caminhos do
Amor.
Não espero as armadilhas de um romance novelesco, onde tudo é azul e límpido;
porquanto a natureza humana perverte a simplicidade do inesperado - onde brota a
espontaneidade, onde se revela a essência da flor - no presente.
Como irradiar uma onda de ternura e carinho entre os corações, se seguimos
programados a incorporar padrões moldados pelos rituais da sedução: dos gestos,
sentimentos e palavras em conflito?!?
Onde tudo segue pré-determinado, demarcado pela "gélida lógica do mercado" - onde
tudo é uma questão de compra e venda.
Não obstante, sigo em minha busca - pois, sempre em frente, não posso perder o sentido
de que tudo se interliga e se unifica, indicando que todas as nossas experiências são
movidas pelo desafio de um contínuo segundo que sempre vibra e se completa.
Este sonho é da estação - o apelo vem do Sol que aquece minha face de Lua.
Nada tenho de concreto, de palpável, além das expectativas de um eterno sonhador...
sempre alerta e disponível a encontrar sua Musa, que se encante por seus versos, que se
deixe seduzir pela Sina do Errante Demente.
São esses os fragmentos de um suspiro - sinalizando o inevitável retorno do poeta
com a atmosfera mágica da Poesia.
Claudio Pierre
(do Registro de Poesias Fragmentos)
sábado, 9 de junho de 2012
PARA AQUELES QUE AMEI E QUE ME AMARAM
Quando eu tiver partido, liberte-me, deixe-me ir
Tenho tantas coisas para ver e fazer
Não chores ao pensar em mim,
Seja grato pelos maravilhosos anos que vivemos juntos.
Eu lhe dei a minha amizade e você não pode nem imaginar
A alegria que você me deu.
Obrigada pelo amor que todos me demonstraram
Agora é hora de eu viajar sozinha.
Por algum tempo você pode sentir dor
A confiança trará conforto e consolação.
Estaremos separados por algum tempo,
Deixe as lembranças aliviarem a sua dor,
Eu não estou muito longe, e a vida continua...
Se precisar, chame por mim, e eu virei,
Mesmo que você não possa me ver ou me tocar, eu estarei lá.
E se você ouvir o seu coração, experimentará claramente a doçura do amor
que eu vou trazer.
E quando for a sua hora de partir,
Eu estarei lá para recebê-lo
Ausente do meu corpo, presente com Deus.
Não chore sobre a minha sepultura,
Eu não estou lá, eu não durmo,
Estou nos mil ventos que sopram,
Eu sou o brilho dos cristais de neve,
Eu sou a luz que atravessa os campos de trigo,
Eu sou a chuva suave de outono,
Eu sou o despertar das aves na manhã calma,
Eu sou a estrela que brilha à noite.
Não chore sobre a minha sepultura,
Eu não estou lá
Eu não estou morta.
Autora: Charlotte-Newashish Flamand, Índia americana da tribo
Atikamekw Manawan
Tenho tantas coisas para ver e fazer
Não chores ao pensar em mim,
Seja grato pelos maravilhosos anos que vivemos juntos.
Eu lhe dei a minha amizade e você não pode nem imaginar
A alegria que você me deu.
Obrigada pelo amor que todos me demonstraram
Agora é hora de eu viajar sozinha.
Por algum tempo você pode sentir dor
A confiança trará conforto e consolação.
Estaremos separados por algum tempo,
Deixe as lembranças aliviarem a sua dor,
Eu não estou muito longe, e a vida continua...
Se precisar, chame por mim, e eu virei,
Mesmo que você não possa me ver ou me tocar, eu estarei lá.
E se você ouvir o seu coração, experimentará claramente a doçura do amor
que eu vou trazer.
E quando for a sua hora de partir,
Eu estarei lá para recebê-lo
Ausente do meu corpo, presente com Deus.
Não chore sobre a minha sepultura,
Eu não estou lá, eu não durmo,
Estou nos mil ventos que sopram,
Eu sou o brilho dos cristais de neve,
Eu sou a luz que atravessa os campos de trigo,
Eu sou a chuva suave de outono,
Eu sou o despertar das aves na manhã calma,
Eu sou a estrela que brilha à noite.
Não chore sobre a minha sepultura,
Eu não estou lá
Eu não estou morta.
Autora: Charlotte-Newashish Flamand, Índia americana da tribo
Atikamekw Manawan
quinta-feira, 7 de junho de 2012
CORAÇÃO BOBO
O poema se apresenta ao poeta, na medida em que seu bobo coração se reveste com
as asas da eterna candura
Esta sina errante é dissonante da lógica fria,
Que por vezes atribui - ao sopro - ao suspiro - a alegoria de um mero sonho.
Quiçá um dia a magia do sentimento
Desperte uma nova Aurora
Amplie um novo Portal
Que venha a projetar um Arco Íris multicolorido em nosso Amanhã.
Claudio Pierre
( do registro de Poesias Fragmentos)
meu comentário => A Aurora - O Portal que projeta o Arco Íris multicolorido=> sempre estiveram presentes na sua dimensão espacial própria.
Assim é a Arte nada mais nada menos que um convite...
E se estivermos receptivos podemos suspirar nessa sugestão.
as asas da eterna candura
Esta sina errante é dissonante da lógica fria,
Que por vezes atribui - ao sopro - ao suspiro - a alegoria de um mero sonho.
Quiçá um dia a magia do sentimento
Desperte uma nova Aurora
Amplie um novo Portal
Que venha a projetar um Arco Íris multicolorido em nosso Amanhã.
Claudio Pierre
( do registro de Poesias Fragmentos)
meu comentário => A Aurora - O Portal que projeta o Arco Íris multicolorido=> sempre estiveram presentes na sua dimensão espacial própria.
Assim é a Arte nada mais nada menos que um convite...
E se estivermos receptivos podemos suspirar nessa sugestão.
terça-feira, 5 de junho de 2012
POESIAS MASCULINAS
Um mistério, um fenômeno, envolve a sede do prazer.
Uma compulsão, uma Energia que atrai e consome - Embriaga e
seduz.
Além dessa magia que atrai sexos, uma máquina que produz desejos,
e impõe a obsessão desenfreada da tara.
Os olhos do homem são um fogo que consome (e é consumido), na
ânsia do sentido carente.
O corpo de mulher é um instrumento manipulado, consumido como
fonte de prazer.
Há um fato vercadeiro - o cio do homem na mulher e vice-versa.
Há um equívoco programado - A indústria que nos consome num
círculo que não tem fim...
Claudio Pierre
(do livro de Poesias Caminho(s))
meu comentário => O pornomarketing utiliza amplamente esse "equívoco programado": nas propagandas, na mídia - nos processos de massificação e consumo.
O cio é um processo normal da natureza animal, mas em se tratando da postura predominante neste ciclo de Poder Humano - reflete toda uma contradição / apelação voltada para a idéia de "algo" que pode ser "explorado" gerando consequentemente "lucro fácil", mesmo em detrimento de nossa Condição Humana.
Uma compulsão, uma Energia que atrai e consome - Embriaga e
seduz.
Além dessa magia que atrai sexos, uma máquina que produz desejos,
e impõe a obsessão desenfreada da tara.
Os olhos do homem são um fogo que consome (e é consumido), na
ânsia do sentido carente.
O corpo de mulher é um instrumento manipulado, consumido como
fonte de prazer.
Há um fato vercadeiro - o cio do homem na mulher e vice-versa.
Há um equívoco programado - A indústria que nos consome num
círculo que não tem fim...
Claudio Pierre
(do livro de Poesias Caminho(s))
meu comentário => O pornomarketing utiliza amplamente esse "equívoco programado": nas propagandas, na mídia - nos processos de massificação e consumo.
O cio é um processo normal da natureza animal, mas em se tratando da postura predominante neste ciclo de Poder Humano - reflete toda uma contradição / apelação voltada para a idéia de "algo" que pode ser "explorado" gerando consequentemente "lucro fácil", mesmo em detrimento de nossa Condição Humana.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
POESIAS FEMININAS
Por detrás da maquiagem,
Sob o reflexo do Espelho.
O retoque no decote,
Seios expostos,
Pernas à mostra.
Os gestos medidos, provocantes,
Ritual de sedução.
Desde pequena envolvida na trama de um pornomarketing,
Onde por detrás do fator beleza,
Se encerra uma causa Ilusória,
Que sufoca o verdadeiro sentido de ser feminina.
Claudio Pierre
(do livro de Poesias Caminho(s)
Meu comentário = > "pornomarketing" - criei esse conceito na década de 90 a partir da observação de algumas situações como:
. Um outdoor que exibia uma mulher de costas com a seguinte frase: "Faça de seu bumbum um bombom!"// - A chatura do "tchan", fazendo "concursos" para suas bailarinas...
No entanto, ainda hoje esse movimento apelativo ainda predomina com as diferentes qualificações que o pornomarketing apelida as mulheres que estão na "mídia"(frutas, legumes, popozões, filés da vida...).
O verdadeiro sentido de ser feminina no entando, não pode ser "maculado" - mas, certamente depende de uma tomada de consciência sobre os valores da beleza.
Sob o reflexo do Espelho.
O retoque no decote,
Seios expostos,
Pernas à mostra.
Os gestos medidos, provocantes,
Ritual de sedução.
Desde pequena envolvida na trama de um pornomarketing,
Onde por detrás do fator beleza,
Se encerra uma causa Ilusória,
Que sufoca o verdadeiro sentido de ser feminina.
Claudio Pierre
(do livro de Poesias Caminho(s)
Meu comentário = > "pornomarketing" - criei esse conceito na década de 90 a partir da observação de algumas situações como:
. Um outdoor que exibia uma mulher de costas com a seguinte frase: "Faça de seu bumbum um bombom!"// - A chatura do "tchan", fazendo "concursos" para suas bailarinas...
No entanto, ainda hoje esse movimento apelativo ainda predomina com as diferentes qualificações que o pornomarketing apelida as mulheres que estão na "mídia"(frutas, legumes, popozões, filés da vida...).
O verdadeiro sentido de ser feminina no entando, não pode ser "maculado" - mas, certamente depende de uma tomada de consciência sobre os valores da beleza.
sábado, 2 de junho de 2012
BREVE
A vida fluindo no movimento.
Na sina da devoção aos passos que levem ao encontro do Amor.
Quase palavra,
Brotando do profundo silêncio d´alma que vibra e crê no caminho.
Fazer da existência um sopro que seja breve;
Mas que contenha em si a essência da paz,
A fragrância do Sândalo.
Suspiro de Luz!
Claudio Pierre
=> do Livro de Poesias Caminho(s)
=> meu comentário =>De maneira geral, o acesso a dimensão da meditação requer um estado de "calma" que não tem nada a ver com esse (des)compasso de ansiedade que predomina socialmente, sob a sugestão "as pessoas"...
Não tenho dúvidas de que TODOS tenham o potencial do Amor em seus corações, mas, por outro lado entendo que a falta de consciência sobre a Unidade desse Amor, gere muitas vezes a indolência no sentido da qualidade de algo tão milagroso como o nosso subjetivo suspiro de luz.
Na sina da devoção aos passos que levem ao encontro do Amor.
Quase palavra,
Brotando do profundo silêncio d´alma que vibra e crê no caminho.
Fazer da existência um sopro que seja breve;
Mas que contenha em si a essência da paz,
A fragrância do Sândalo.
Suspiro de Luz!
Claudio Pierre
=> do Livro de Poesias Caminho(s)
=> meu comentário =>De maneira geral, o acesso a dimensão da meditação requer um estado de "calma" que não tem nada a ver com esse (des)compasso de ansiedade que predomina socialmente, sob a sugestão "as pessoas"...
Não tenho dúvidas de que TODOS tenham o potencial do Amor em seus corações, mas, por outro lado entendo que a falta de consciência sobre a Unidade desse Amor, gere muitas vezes a indolência no sentido da qualidade de algo tão milagroso como o nosso subjetivo suspiro de luz.
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