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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

VISÃO DO CONCRETO

Por que será que "as pessoas"
Se dão tão pouco?
Não trocam nem carinho nem afeto.

Mergulhadas em seus medos,
Produzidos pela ilusão social
Que distancia o Ser do real
Seres marcados pela obsessiva visão do concreto.

Descrentes do sentimento,
Da Oração pela Palavra.
Da possibilidade do silêncio interior abrir portal para a Unidade,
além das aparentes barreiras de nossas crenças e convicções.

Sei da resposta - Sinto
No fundo aceito.

   Claudio Pierre (do livro de Poesias Caminho(s)

=> meu comentário


O Tempo passa... e com ele nossas Vidas adicionam variadas experiências...
Estou pensando atualmente (aliás busco seguir essa direção) em como efetivamente podemos evoluir internamente perante essas "exigências plantadas" em nosso(s)caminho(s), particularmente nas "grandes cidades" que criam oposição entre conceitos como: Trabalho x Ideal; Máscaras Sociais x O Ser Real; Premeditação x Sentimento; O Pensar x O Sentir x O Ser; A Idéia de Conforto x A Sensação da Simplicidade; A Politicagem x A Política; O "Jogo da Vida" x A Qualidade de Nossa(s) Vida(s) em Jogo; O Ter x O Ser.
A "pressão" é muito grande... Não se trata de ensinar algo que já está em nosso interior => a capacidade de Amar; porém, de maneira geral, sob a "sugestão das pessoas" simplesmente "pulamos" algumas páginas do nosso básico livro interior de humanidade.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

UM PÁSSARO EM PLENO VÔO

Goza a euforia do vôo do anjo perdido em ti
Não indagues se nossa estrada, tempo e vento desabam no abismo
Se temes que teu mistério seja uma noite, enche-a de estrelas.

Conserva a ilusão que teu vôo te leva sempre para o mais alto
No deslumbramento da ascensão

Se pressentires que amanhã estarás mudo
Esgota, como um pássaro, as canções que tem na garganta

Canta!
Canta para conservar uma ilusão de festa e de vitória
Talvez as canções adormeçam as feras que esperam devorar o pássaro.

Desde que nasceste
Não és mais do que um vôo no tempo...

Rumo ao céu?
Que importa a rota
Vai e canta enquanto resistirem as asas.
                                 
                                            Menotti Del Picchia

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A SIMPLICIDADE DA POESIA

Acordo - abro a janela
Vejo um Arco íris com suas cores de vida,
Dando mais vida a vida da minha vida...

- Saio de casa num embalo, chupando bala...
Revejo o arco íris - dou um pulo para pegá-lo:
- E, caio numa poça d´água.

                      (Autor um menino de 12 anos) 

///

A outra lição  
                          Zuleica Reis

A palavra bola
pulou tanto
que quebrou a vidraça da sala de aula.

O professor disse:
- Menino, palavra não é brinquedo.
Daqui para frente seja mais disciplinado.

O menino
guardou a palavra bola no caderno de caligrafia
e aprendeu que Poesia é um brinquedo perigoso.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

FALTA DE JÚBILO


Dentro de mim pulsa
mas de dentro não vejo
exatamente
o que deveria ver.
Minha alegria é tímida,
- demais para o momento
as lágrimas me caem
por não saber
o que fazer
com esta mágica obscura
que me enche
mas eu nada de transbordar.
Fica sempre faltando um pouco.
Pergunto a Deus
o que se passa.
Inútil.
Cega,
não enxergo os sinais Dele.
A vida dentro da vida...
(será demais pra mim?)
Não sei.
O júbilo cerca o sorriso
de quem me olha
e mal sei o motivo.

(Fabiana Esteves)

terça-feira, 4 de setembro de 2012

As Estrelas da Noite do Poeta

Criei duas composições com Letra (algo raro) que remetem ao tema "Estrelas".
Mas, decidi desmembrar as letras das músicas como é minha tradição.
Abaixo estou escrevendo as respectivas letras:

Estrelas da Noite

Não sei esse brilho
Representa algo mais
- Esse brilho essa imensa Luz!

Mesmo as luzes da cidade
Tão atormentadas
Que maravilham e deslumbram Homens...

Tal qual os Homens,
Que se esquecem de volverem
Suas raízes a essa pressa louca de viver.

Não sei esse brilho
Representa algo mais
- Esse brilho essa imensa Luz!

Esse brilho tão puro,
Tão real e verdadeiro
Tão distante,
Isolado por nós.

Estrelas da Noite
Tragam sua Luz até os Homens
Estrelas da Noite
Sejam Imaculadas,
Sejam Infinitas!

////

Estou paralisado em meio aos blocos de concreto,
E uma  densa fumaça se esvai pelo ar
Uma densa fumaça que mancha o céu
- Como posso ver as Estrelas...

Sufocado em meio a "multidão de aflitos"
Que segue apressada: seus passos e consciências
Automatizados na ânsia de multiplicar - se esquecem de Amar...

Triste sociedade uma herança de aflitos,
Onde está a razão?


   Claudio Pierre (alma de lua)

Poeta também é Cidadão

Tenho recebido postagens que retratam a "politicagem" que caracteriza cada período eleitoral
personificada pelos candidatos...

A questão fundamental está na "estrutura da representatividade", da qual o eleitor não participa
efetivamente.
Nesse contexto, somos convocados a "exercer a nossa cidadania", meramente votando, enquanto
que com raríssimas excessões, o "corporativismo" de: partidos políticos, sindicatos, etc...
"legalmente" preservam a estrutura viciada baseada em poder econômico e "politicagem".

De forma que entra ano e sai ano - os "personagens" invariavelmente até mudam, mas a
"estrutura" não sofre alteração, ou seja, "politicagem" continua sendo confundida com Política.

Particularmente, hoje conscientemete não voto até que me seja dado o direito cidadão de
participar realmente da vida política do meu País, sem a sensação de ser um excluído pelo
Poder Político Oficial.

sábado, 1 de setembro de 2012

Comentário

Meu caro leitor,
Seguindo a minha proposição de valorizar e acentuar nossa capacidade de efetivamente elevar o nível de Humanidade; quero fazer uma breve observação sobre essa sugestão que consta no Blog após cada postagem...
Lógicamente, considero a espontaneidade como fundamento de tudo; mas, creio que esse espaço,
está sendo pouco utilizado pelo leitor...
Afinal, o comentário equivale a um certo diálogo entre as partes e é uma forma de "ecoar" o pensamento...
Produzi certa vez um Registro que denominei "Cartas sem Resposta", justamente na época em que escrevia diversas cartas para pessoas do meu trabalho quando era bancário.

De fato com esse comentário, estou justamente caracterizando a linha do meu pensamento ao longo desse Blog.

Portanto, não se trata de "forçar a barra"; mas, estimular a troca, caso seja uma manifestação natural do amigo leitor.
Com afeto,
Claudio Pierre