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domingo, 30 de novembro de 2014

A SOCIEDADE QUE DESQUALIFICA

A Sociedade que desqualifica

É aquela que perdeu o senso essencial do SER subjetivo e apenas cumpre compulsivamente um ritual cada vez mais mecânico e artificial determinado pelos “modismos” de um Relógio Humano que tem muita pressa de TER...

Para preservar essa automação mecânica do Relógio sobre o Tempo Real a mensagem da hora é a Propaganda midiática de maneira geral, que te guia para o caminho “do mais fácil”...

Basta imitar certos “padrões” e seguir em frente para:
=> “ser” Jovem; / =>“ser” bem sucedido; / =>“ser” por suas posses materiais no mercado de compra e venda => integrante do abecedário das classes sociais mais privilegiadas...

O glamour, as festas de arromba, as orgias, a fumaça – a ideia de “curtir a vida” em uma única direção...
Ou mesmo, a subserviência e acomodação ao que dizem “os Poderosos”... Afinal, por sua “condição de inferioridade” aceita a sugestão de que é um vassalo só lhe cabendo pagar os impostos para os tais “senhores feudais”...

Sofrendo os reflexos dessa (des) natureza essa “sociedade” constantemente se arvora quanto aos conflitos gerados por esse Sistema surreal que se manifestam em forma de: violência, corrupção, discriminações das mais diversas, ostentação e ganância desmedidas...

Porém, não abrem mão de continuar valorizando a superficialidade que a desqualifica...//

Afinal, como reajustar esse Relógio para o Tempo Real da Essência da Natureza da qual somos parte e não Donos?!??!?! //
                                                           Claudio Pierre


=> Meu comentário: Esse é o primeiro ensaio de uma série de reflexões que desenvolverei sobre esse tema que me parece tão relevante

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

SEM PRECISÃO

Para escrever
eu não preciso
da minha mão
nem do lápis
nem da caneta
nem do teclado
nem da tinta
que pinta
a letra
no papel
também não preciso de papel
não preciso de nada disso
para escrever
eu só preciso
de uma pipa
voando
longe longe longe
o mais longe possível
e vento vento vento
muito vento



segunda-feira, 17 de novembro de 2014

REFLEXÃO BÁSICA

Enquanto Você demonstrar fascínio e deslumbramento, cobiça e inveja pela ostentação estampada pela mídia e estimulada pela ganância desmedida dessa Sociedade Artificial => Proveniente do status de luxo e riquezas que certo “poder” patrocina... Saiba que ainda estarás muito distante de modificar esse Sistema ao qual eventualmente criticas.  // 

                      Claudio Pierre   

sábado, 15 de novembro de 2014

O HOMEM QUE CONTEMPLA

O Homem que Contempla



Vejo que as tempestades vêm aí 
pelas árvores que, à medida que os dias se tomam mornos, 
batem nas minhas janelas assustadas 
e ouço as distâncias dizerem coisas 
que não sei suportar sem um amigo, 
que não posso amar sem uma irmã. 

E a tempestade rodopia, e transforma tudo, 
atravessa a floresta e o tempo 
e tudo parece sem idade: 
a paisagem, como um verso do saltério, 
é pujança, ardor, eternidade. 
Que pequeno é aquilo contra que lutamos, 
como é imenso, o que contra nós luta; 
se nos deixássemos, como fazem as coisas, 
assaltar assim pela grande tempestade, — 
chegaríamos longe e seríamos  anónimos. 

Triunfamos sobre o que é Pequeno 
e o próprio êxito torna-nos pequenos. 
Nem o Eterno nem o Extraordinário 
serão derrotados por nós. 
Este é o anjo que aparecia 
aos lutadores do Antigo Testamento: 
quando os nervos dos seus adversários 
na luta ficavam tensos e como metal, 
sentia-os ele debaixo dos seus dedos 
como cordas tocando profundas melodias. 

Aquele que venceu este anjo 
que tantas vezes renunciou à luta. 
esse caminha erecto, justificado, 
e sai grande daquela dura mão 
que, como se o esculpisse, se estreitou à sua volta. 
Os triunfos já não o tentam. 
O seu crescimento é: ser o profundamente vencido 
por algo cada vez maior. 

Rainer Maria Rilke, in "O Livro das Imagens" 
Tradução de Maria João Costa Pereira

CONSTITUIÇÃO CIDADÃ

Vivemos numa Sociedade tolerante que é: conivente, programada, amparada e refém de uma série de mentiras... // 

Senão porque o investimento excedente em Educação e Saúde (ou seja, para aqueles que dispõem de um pouco mais de recursos – pagando duas vezes mais por esses serviços) para "supostamente garantirem" o que está expressamente contido na Constituição Brasileira em seu Cap. II - Direitos Sociais //Parágrafo IV... // 

Esse é um dos dramas => Em função dessa ficção da verdade – enquanto a maioria da população não é atendida constitucionalmente; os nossos supostos representantes em função do cargo que ocupam; bem como certas “personalidades”, têm uma condição privilegiada quanto ao pleno acesso e  atendimento desses serviços. // 

Claudio Pierre de França  

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

RE-SSENTE

tenho um atraso de nascença
nada produtiva
meu relógio é a novela
pois aprendi com a minha vó
a comer o que vem da terra
a falar do quem vem da terra
da tela
e da vela
que ela tinha no seu “quarto de santos”
invejo os literatos
mas troco as regras
do bom português
por inventações infantis
por rimas pueris
tenho o riso frouxo
o choro também
uma falta de vergonha
que me inibe
e re-ssente
 meus parentes
que gostariam de ter ao lado
ser mais adiantado
as letras me são tão lentas
que chega a dar dó
ligo às vezes o som
para dar ligeireza às palavras
que me perseguem 
de madrugada
e o no vagar sobre o nada
aliso o barro 
com a mão
para dar forma de pão
ao poema

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

PAÍS DO FUTURO PARADO NO TEMPO...

A impressão que tenho é que O Brasil = > Desde longa data rotulado como "O País do Futuro" - sempre esteve como que parado no tempo...

Basta ver: 
=> Os mesmos personagens que continuam no "Poder"...; // 
=> O Sistema de Representatividade "política", coordenado pelos mesmos “caciques”; baseado em Poder Econômico (beneficiando determinados Grupos que financiam Campanhas cada vez mais milionárias (que certamente geralmente cobram “um preço” por isso...); // 
=> Propaganda enganosa e ação de "marqueteiros" coordenando “falas” e “promessas” que “soam” como Verdade para a população - mesmo que travestidas de mentiras...; // 
=> Uma grande parcela da Sociedade permissiva e submissa a essa condição de subserviência...  =>Ora pela ignorância pura e simples; ou, => Por não conseguirem distinguir a diferença entre uma Política de Nação e politicagem (desde - que recebam “em troca” “migalhas” que designem uma evolução questionável em seu “status” no abecedário das Classes Sociais) pelos “oportunistas politiqueiros de ocasião”...

Por fim, basta simplesmente observar o que acontece (ou o que não acontece...) de fato na raiz das estruturas desse “País do Futuro” chamado Brasil, na Consciência Democratização e Valorização da Cultura e da Educação nesse “tempo” relativamente perdido...


Claudio Pierre de França 

terça-feira, 4 de novembro de 2014

O EFEITO BILATERAL

                                                        EFEITO BILATERAL PT x PSDB

Muito ridículo contextualizar uma situação de forma bilateral, como se houvessem apenas dois partidos: - Um injustiçado pela mídia e pela agressividade "Do outro" - ou seja - a Elite, os manipulados pela mídia, etc... ; Um partido completamente enraivecido e o outro um “partido inocente” => que caso fosse derrotado nas eleições “provavelmente” (?) "aceitaria" naturalmente sem alarde a situação - pois seus militantes e sua ideologia é totalmente “plácida”.../

É desafiar a nossa inteligência, principalmente de quem não está nem de um lado nem de outro, mas que tem uma avaliação cívica e cidadã que neste Governo os princípios de moralidade e de governança não foram cumpridos.

// Essa é a questão - e não adianta enfatizar somente o lado daqueles que estão mais ou menos exacerbados, pois o fato é que esse Governo não tem a aprovação maciça de parte expressiva da população (e não apenas de uma determinada “legenda partidária”...).

Na avaliação de muitos como eu => esse Governo expressa um Projeto de Poder e não de Nação.

// A 1ª grande reforma Política seria abrir em rede aberta o que acontece nas Tv´s que cobrem as Casas de Representatividade, para que possamos avaliar e exigir mais seriedade dos nossos representantes – na verdade essa é que seria a Campanha Eleitoral permanente; bem como a exigência do cumprimento da Constituição Brasileira; ou então , sua modificação, já que em muitos dos seus Capítulos o que ocorre é uma ficção da realidade.
// Ex.: Cap. II – Direitos Sociais – Parágrafo IV.

// P.S. Essa "ficção" certamente não ocorre em relação aos privilégios que gozam os nossos "supostos representantes". //

Claudio Pierre de França