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sábado, 14 de maio de 2016

A TESTEMUNHA

A TESTEMUNHA

Não pretendo ser herói nem vilão...

Nem tampouco O maioral nem o idiota, lunático e sonhador...

Esse Plano já me mostrou sua face mais destrambelhada; bem como, A mais Sublime.
 
Ao mesmo tempo em que percebo ser inútil quebrar esse ciclo de insanidade da roda vida sobre um poder artificial; também considero que
“algo” deva ser feito para marcar presença – em contraponto aos “louros” – “luzes e ribalta” tão presentes e qualificados nesse Plano, que causam tanto “deslumbramento”... 

Sei que pratico uma linguagem “estranha” e “incompreensível” às massas que são movidas predominantemente pela diretriz de “uma pretensa realidade que vem de fora”, contrariando algo tão elementar ao julgamento da Espiritualidade:

 => Não levamos para outra dimensão nada além do que cultuamos internamente = valores e princípios...

Enquanto o conjunto das tensões advindas dessa conjuntura artificial e exterior em função da obtenção de bens materiais é “deixado” aqui...     



                  Claudio Pierre de França 

quarta-feira, 11 de maio de 2016

PAISAGEM PELO TELEFONE

Paisagem pelo telefone
João Cabral de Melo Neto

Sempre que no telefone
me falavas, eu diria
que falavas de uma sala
toda de luz invadida,

sala que pelas janelas,
duzentas, se oferecia
a alguma manhã de praia,
mais manhã porque marinha,

a alguma manhã de praia
no prumo do meio-dia,
meio-dia mineral
de uma praia nordestina,

Nordeste de Pernambuco,
onde as manhãs são mais limpas,
Pernambuco do Recife,
de Piedade, de Olinda,

sempre povoado de velas,
brancas, ao sol estendidas,
de jangadas, que são velas
mais brancas porque salinas,
que, como muros caiados
possuem luz intestina,
pois não é o sol quem as veste
e tampouco as ilumina,

mais bem, somente as desveste
de toda sombra ou neblina,
deixando que livres brilhem
os cristais que dentro tinham.

Pois, assim no telefone
tua voz me parecia
como se de tal manhã
estivesses envolvida,

fresca e clara, como se
telefonasses despida,
ou, se vestida, somente
de roupa de banho, mínima,

e que por mínima, pouco
de tua luz própria tira,
e até mais, quando falavas
no telefone, eu diria

que estavas de todo nua,
só de teu banho vestida,
que é quando tu estás mais clara,
pois a água nada embacia,
sim, como o sol sobre a cal
seis estrofes mais acima,
a água clara não te acende:

libera a luz que já tinhas.

                                                   QUADERNA - 1956 - 1959 

sábado, 7 de maio de 2016

Manolo Caracol - La Niña de Fuego (con letra - lyrics video) del Film "M...

A POESIA DE TODOS NÓS

O mais singelo dos Poemas
Não tem autoria

Ele expressa aquilo que melhor define
Em nossa(s) existência(s)
O sentido do Anjo: Seja na Terra; Seja no Céu

Pois, a Poesia Essencial DE TODOS NÓS
Reside na Simbologia Sagrada
Contida em um Nome
- MÃE.

         
                      Claudio Pierre e TODOS NÓS

REFLEXÃO => A ILUSÃO DA UNANIMIDADE – A MULTIDÃO EM VOCÊ

Uma multidão reunida - seja numa partida de futebol; seja em uma manifestação política cria a "ilusão" da “unanimidade”...

No entanto, quanto mais nos aprofundarmos da Essência Particular de/em cada SER perceberemos que a principal característica da Humanidade é justamente a diversidade, pois até numa mesma Família => objetivos e metas de vida são por vezes diferentes...

Logo, do que o mundo precisa é de uma Revolução de Consciências, tendo como base o respeito às diferenças - com o foco central sobre as "manipulações do marketing" e do "artificial poder econômico", diminuindo essa pressão / programação sobre as massas da existência de uma “suposta unanimidade absoluta”.

Entretanto, sob o conjunto de valores artificiais e superficiais predominantes, receio infelizmente não ser possível esse estágio na sua totalidade neste Plano.


                     Claudio Pierre