BICICLETA
De repente...
Meus pés caminham sem tocar o chão
E o vento acaricia meu rosto de outra forma
Na medida em que me desloco no espaço por meio de duas
rodas.
Agradeci ao comentário afetuoso de uma Amiga
Sobre essa conquista “aparentemente banal”
Que expressava: - “Antes tarde do que nunca”...
No entanto, ponderei que
“O momento” – quando chega
Não é “cedo” nem tampouco “tarde”...
Assim a emoção e o sentimento do pedalar me remetem
simultaneamente:
A Criança que sou – divertindo-se com o seu novo
brinquedo...
Ao Senhor que sou – cujo peso da maturidade não atrofiou
minha disposição em ser humildemente um eterno aprendiz...
Ao Ancião que sou – compreendendo e aceitando naturalmente o
ciclo da ação do tempo, sem a pressão do “peso das horas”...
Quiçá até lá pedalando...
Até o momento em que não precise mais tocar o chão.
Claudio Pierre
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